Uma angústia, um aperto, um grito de revolta que, mais uma vez, teima em voltar! Porquê que voltas? – pergunto eu. Mas a resposta, como sempre, não chega, e mais uma vez, este enorme vácuo penetra em mim, entranha-se no lugar mais íntimo da minha alma, invade a minha felicidade e rouba tudo o que restava desta, e em troca? Em troca, deixa um presente envenenado, um negro presente, pintando a minha alma, não com os tons do arco-íris, aqueles que outrora possuía, mas antes do tom negro, a mais pesada tonalidade. E, como que ainda insatisfeito, faz brotar do espelho da alma a mágoa interior para o plano exterior, expondo deste modo a negatividade sentimental do meu ser, pondo a nu o mal criado dentro do meu íntimo.
Apetece-me gritar, apetece-me chorar, apetece-me tudo e nada ao mesmo tempo mas irreversivelmente e descontroladamente as questões surgem, arrastando com elas uma pluralidade de sentimentos e pensamentos envoltos de pouca transparência, estes apresentam-se de modo confuso, incontroláveis, dogmáticos. Porque motivo é a mente do ser humano tão complicada, e porquê que é tão difícil os humanos estarem de acordo passando meses convivendo em harmonia, respeitando-se mutuamente?
Hoje senti-me mais angustiante que nunca, hoje senti um aperto tão grande que julguei que este me esmagaria, hoje senti um medo terrível a invadir-me, hoje senti uma culpa tão grande…hoje senti que o mundo ia desabar.
Escrito em 21-12-2008 – 22:12h
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Enquanto busco algo para alimentar a minha fuga, a minha sede de expressar aquilo que não consigo explicar a quem me é mais intimo, encontro palavras de outros! Nelas aprecio o que não consigo expressar, nas tuas roçei naquilo que me devasta... Agradecer pode parecer estranho, nas faz sentido: "Obrigado".
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